sexta-feira, 18 de julho de 2014

E a vida é amarela




Eu me pego sorrindo pras paredes
Mas há meio minuto eu me rasgo em lagrimas
Não sei o que acontece
Lembro-me da minha infância
Onde só precisava imaginar que estava em outro mundo pra sorrir
E me transportar pra outro lugar cheio de cores.
Andar descalço e correr pelo quintal
Dançar na chuva cantando
A felicidade era tão fácil
Sei que tudo muda um dia
Mas não esperava que fosse tão difícil
Prefiro ver o mundo de outra forma

E a vida é amarela
Com chapéu cor de rose
Onde só vejo você

Não fujo da realidade
Só prefiro não percebe La
Isso me faz sentir melhor e esquecer
Quando penso em você volto a sorrir
E há meio minuto vejo me afundar em uma enorme dor
Aqui dentro
Porque você não esta aqui
Me abraço sozinha tentando sentir um restinho do seu abraço
E teu cheiro talvez
Mas nem isso tem mais
Então volto a dançar na chuva
E cantar
Pra te esquecer nem que seja por um segundo
Mas tudo...
Tudo lembra você
Lembro que a felicidade era tão fácil
Sei que tudo muda um dia
Mas não esperava que fosse tão difícil
Prefiro ver o mundo de outra forma

E a vida é amarela
Com chapéu cor de rose
Onde só vejo você

Tatá Miranda

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Eterno causador



Ela só precisava de uma válvula de escape. Ter por onde canalizar tudo aquilo que estava guardado no mais profundo do seu coração. Porque o coração não fala sozinho? Porque precisamos interceder por ele? Se ele falasse seria tão menos complicado. As coisas talvez se resolvessem com mais rapidez. Mas não... Creio que um coração que fala por si só seria um eterno causador.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Giro amarelo




Acreditar em algo se torna cada dia mais difícil. É tão mais fácil não ter que escolher nada, e sempre deixar que façam as escolhas por nós. A vida é cheia de surpresas e decepções. Quem amamos? Já não sei mais. A quem corremos, já ficou para traz. Vejo tudo misturado como se fosse o azul no amarelo, o amarelo no vermelho, o vermelho bem no meio. Se misturando na confusão de cores que nos faz girar. Como o girassol, que gira, mas nem chega a rodar. Deparo-me no lugar, começo a caminhar e me perco em seu amarelo a girar.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

A comilança




A pessoa chega até você e te pergunta. E ai como vai? E você responde. Não muito bem. Daí ela fala, por quê? E você responde mais uma vez.  Por causa de ter comido dois cachorros quentes. Ela te diz. Uai, mas só isso? Você fala, é... e mais uns cinco pães de queijo, dois sucos de laranja também, e teve uma fatia de torta de chocolate, dois bombons, um pacote de bolachas wafer e meio pacote de rosquinhas Mabel. Então ela grita nossa e pra onde foi isso tudo!? Chego à conclusão final. Este e o grande problema, não esta tendo pra onde ir.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Tudo é tão estranho...


Sem nada pra fazer, mas com vontade de sair correndo sem rumo e gritar até o peito ficar sem ar e a garganta doer. Mesmo assim sei que não vai adiantar pra botar tudo pra fora. Sensação de perca de tristeza, mas também de liberdade. Se pudesse eu colocava um abajur na cabeça e saia na rua plantava bananeira na calçada às 01h01min da madrugada e faria um pliê de cabeça para baixo. Porque as coisas têm que ser tão normais? Tudo tem que ter seu horário, seu lugar jeito certo de fazer?  Porque complicamos tudo? Perguntas sem respostas, ações sem fundamentos, vontade e desejos não realizados. O tempo passa e não vemos mais as estrelas brilhantes no céu. Não paramos para sentir o vento batendo em nossa pele. Não vemos o sol nascer e nem o próprio ar que respiramos não sentimos. É algo tão mecânico que a vida tem passado e não temos sentido a própria vida.

domingo, 6 de maio de 2012

A Missa


Acordar bem cedo, lá pelas nove e trinta da manhã e descobrir que esta atrasada para ir à missa de um ano de morte de sua amiga num dia de domingo é o “O”. O jeito e correr pra conseguir entrar na igreja sem que ninguém perceba que esta atrasada. Ao chegar logo encontro o irmão dela, triste agora não da para disfarçar. Minha prima que também esta na missa me vê e vem correndo me cumprimentar. Ela é tão “DISCRETA” que logo todos nos vêem chegando atrasadíssimas. Eu e minha mãe nos sentamos junto com ela e a amiga. Algum tempo depois minha mãe se lembra que tem que comprar o feijão e fala que vai ao mercado. Eu digo Mãe você acabou de chegar. Ela, mas ninguém vai saber que eu vou ao mercado comprar feijão. Depois de um momento de discuções em voz baixa estou concentrada no sermão do padre quando resolvo olhar para o lado e percebo que minha Mãe deu no pé. Fico puta da vida de saber que vou ter que cumprimentar a família da minha amiga falecida sem minha mãe. O tempo passa e nada da missa acabar. O padre nos faz levantar e sentar mais de cem vezes, essa semana nem vou precisar ir para a academia. Quando estamos quase no fim da missa o padre nos mostra uma imagem com a face de Jesus. Ele diz esse é o manto que Verônica limpou a face de Jesus. Eu parei pensei e fiquem com uma interrogação em minha expressão. Quem é Verônica? Nunca ouvi falar de nenhuma Verônica na bíblia e também nunca li nenhuma passagem que citasse esse nome. Virei para minha prima que estava conversando com a amiga dela no meio da missa e perguntei quem é Verônica? Ela me olhou e respondeu bem de pressa, a “faxineira.” Eu disse “QUE”? Logo respondi esquece. E foquei novamente na missa que agora parecia estar chegando ao fim quando o padre chama todas as crianças para fazer a oração das crianças, momento lindo esse, mas demorado porque até organizar todas elas. Lá se vai mais tempo. Sem contar que para cada vela que eles iam acender tinha uma música para cantar e rezava uma ave Maria ou um pai nosso. Na minha cabeça cada amém que o padre falava eu pensava agora acabou, e logo em seguida o padre voltava a falar. Para terminar a mensagem que o padre queria passar para os fieis ele pediu para que todos se cumprimentassem e se abraçassem. Nunca fui tão abraçada na minha vida, teve até uns engraçadinhos que na verdade estavam era passando a mão na gente. Essas coisas parecem que me perseguem até pensei em entrar na onda, mas lembrei que eu estava na igreja e que se eles não tinham respeito eu tinha que ter e me contive. Quando finalmente chegou ao fim estou eu cumprimentando toda a família e explicando que minha mãe teve que voltar em casa porque teve uns probleminhas pessoais chega ela falando que tinha ido comprar “FEIJÃOOO!”

terça-feira, 17 de abril de 2012

zzzZZZ....


Sono, sono que me consome... É um sono que aparece do nada, mas que bate forte, muito forte, não havendo bocejo que dê conta. Dá a impressão que é como uma nuvem pesada de sonolência que desce sobre a gente e a sensação que se tem é de que se ficou dois, três dias sem dormir direito.

Por: Tatá Miranda.